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Experiências na cozinha

Chegou finalmente a sexta-feira! Sexta-feira significa “Experiências na cozinha”. A receita que o Quê de Coreano traz hoje é a do gimbap (김밥). Quem já ouviu falar deste prato? Se vos soa a algo parecido com sushi, então estão certos.
By cutekirin - https://pixabay.com/photo-687172/, CC0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=53812220 
A parecença é coincidência? Não se sabe ao certo a origem do gimbap; há quem diga que o gimbap teve origem no norimaki, uma variante do sushi enrolada em forma cilíndrica, introduzido na Coreia durante a Ocupação Japonesa. No entanto, também há quem defenda que o gimbab teve origem na tradição de comer arroz cozido (bap, ) enrolado em gim (), alga comestível das variedades Porphyra e Pyropia. Ao que se sabe é que o termo gimbap apareceu num artigo de jornal em 1935. Nesta altura, o termo norimaki era igualmente usado como sinónimo de gimbap até ao final da Ocupação Japonesa; então, uma e outra palavras passaram a referir-se a comidas diferentes, já que gimbap tem mais ingredientes e temperado com óleo de sésamo, enquanto que o norimaki tem menos ingredientes e é temperado com vinagre de arroz. Gimbap é essencialmente servido em marmitas, consumido em piqueniques ou como take-away ou incluído numa refeição ligeira e acompanhado de danmuji (rabanete amarelo em pickle) e kimchi. Como o nome indica (apesar de podermos não perceber o significado do nome), gimbap é feito de alga comestível (gim) e de arroz cozido (bap) enrolados entre si. O recheio é variável, também de acordo com as escolhas do consumidor (que pode ser vegan ou vegetariano), e podem incluir queijo, atum, danmuji (rabanete amarelo em pickle), presunto, pepino, etc. No geral, para fazer o gimbap é preciso um gimbal, uma esteira de bambu específica para enrolar o gimbap. É necessário estender uma folha de alga sobre a esteira, e depois uma camada não muito grossa de arroz cozido sobre a folha de alga. Para rechear o gimbap é preciso ter previamente feitos os outros ingredientes, os quais devem ser preparados em separado. Se leram o meu post sobre bibimbap, sabem que esta prática é muito comum na gastronomia coreana, como forma de preservar o sabor de cada ingrediente. Selecionei uma série de sites com a receita do gimbap, todas eles sites ou blogs escritos em português. Ora vejam:
Selecionei também alguns vídeos do YouTube para verem a preparação do gimbap:
Como se pode ver, é uma comida leve, ideal para uma refeição que não se queira a pesar muito no estômago, ou como complemento de umaboa refeição (se já viram algumas séries coreanas em que aparecem as marmitas coreanas, é habitual ver gimbap cortado em fatias de cerca de 2 centímetros a acompanhar uma refeição com muitos acompanhamentos). Para além do mais, é uma comida com muitos sabores, já que a preparação do gimbap (à semelhança de muitos outros pratos coreanos) dita que cada constituínte do recheio tem que ser preparado em separado. A depender dos ingredientes escolhidos para o recheio, também pode ser muito saudável. É também muito prático e versátil, graças à sua forma característica cilindríca que permite ainda ser cortada em fatias. Por último, como existem diversos ingredientes para o recheio, cada gimbap que se faça pode ser sempre diferente do anterior, o que faz com que o gimbap não seja um prato aborrecido e repetitivo. O Quê de Coreano ficou rendido ao gimbap e vocês? Não percam os posts da próxima semana. Para segunda-feira, tenho em mente um novo tipo de segmento que não deixa de estar ligado à língua coreana. O que acham que será? Se acham o Quê de Coreano interessante e útil, não deixem de seguir e de subscrever o blog. Acompanhem também a página do Facebook. Tenham um bom fim de semana!

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